Como construir um bom personagem?
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- Hikkke
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Como construir um bom personagem?
Um tópico mais sério.
O que faz, afinal, um personagem ser bom ou ruim?
Quando vocês criam um personagem, o que fazem? vão dando-lhe caracteristicas a torto e a direito? O que faz tua personagem entrar em conflito?
Como resolver a situação jogador X character?
Ex: você tem uma personagem mal-carater, ou um assassino... este se depara com uma char de um jogador conhecido, como resolver o dilema?
Enfim, vamos discutir sites de apoio na criação de personagens e personalidades, técnicas que aprendemos. Tudo.
Sei que há um tópico semelhante, mas as idéias lá já estão frias e ultrapassadas.
O que faz, afinal, um personagem ser bom ou ruim?
Quando vocês criam um personagem, o que fazem? vão dando-lhe caracteristicas a torto e a direito? O que faz tua personagem entrar em conflito?
Como resolver a situação jogador X character?
Ex: você tem uma personagem mal-carater, ou um assassino... este se depara com uma char de um jogador conhecido, como resolver o dilema?
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Papai Cantr olhou para Mamãe Cantr e... puf!
O Filinho Cantr nasceu!
Tio Josival olhou para Tio Valdinei e... Tio Josival nunca mais olhou para nada...
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- Trapaças
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- HFrance
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Trapaças wrote:(...)se o assassino tem motivos para matar, ele mata...
Mas o personagem acabou de nascer: que motivos ele tem para matar alguém? Creio que o único elemento de composição da personagem seja o puramente psicológico - a personagem será calma ou agitada, ativa ou passiva, receptiva ou reativa, agressiva ou tímida? Etc. Eu acho muito falho (e eu já fiz isto antes) criar persoagens com base em critério vocacional ou funcional: ela será um comerciante ou um guerreiro, um artesão ou um assassino? Se ela tiver que matar alguém será movida por suas emoções e não por um "destino".
Cantr II is a social simulator. What is not working is due a problem in the society.
Cantr is like Vegas - what happens in the game should be in the game.
"It's a virtual world, not a theme park!" (Richard Bartle)
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- Hikkke
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Achei bem interessante esta matéria, deem uma olhada:
http://www.rpgonline.com.br/dicas_de_rpg.asp?id=1734[/url]
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Quanto a dicas para dar, só tenho esta: Não fazer dois personagens sem um espaço de pelo menos duas ou três semanas entre eles. Quando é menos que isso, lixamo-nos sempre no final. Primeiro porque quando criamos um char ou é porque estamos a gostar muito dos eventos nos outros personagens, entramos em "Cantr Transe" e vamos criar mais um à espera que lhe aconteça o mesmo e que seja tão interessante quanto ele. A outra hipotese é o contrário, estamos aborrecidos e é por criar um char novo que vamos satisfazer o nosso aborrecimento. Seja como for, criamos o char novo, tudo bem. Segue jogo, passado um, dois dias não estamos satisfeitos. Raramente um char novo consegue ser logo interessante, então, como ainda estamos no Transe ou aborrecidos, criamos mais um. E mais um e mais um and so on... Não pára e o que acontece é que, quando os chars nascem, apercebemo-nos que nem no nome deles pensamos bem. Saem personagens tortos, desinteressantes e provavelmente cópias de nós mesmos ou dos outros personagens que já temos.
Com o espaço de criação, vamos ter tempo de ter novas ideias para o personagem e de certeza que ele vai sair bem pensado.
Já venho escrever mais mas não vou fazer edit, tou-me a cagar...
Com o espaço de criação, vamos ter tempo de ter novas ideias para o personagem e de certeza que ele vai sair bem pensado.
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"Delete Fu Island" activist.
- Trapaças
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Mais uma dica:
Quando criarmos um char devemos sempre pensar no que a nossa comunidade precisa. Olhem para o mundo há vossa volta, quantos personagens altruístas vemos? Quantas pessoas prontas a sorrir para uma pessoa que nunca viram na vida, prontas a emprestarem-lhes o seu sabre? O número é ridiculamente maior que o oposto. Então, o que é que vamos fazer? Mais um bonzinho? Não, façam alguém pronto a tirar da mão dos outros o que quer. Alguém que olha de lado e de lança nas mãos para o estranho acabado de chegar (desculpem agora o meu desabafo, mas é mesmo ridiculo a nossa prestação quanto a isto. Quando chega um homem à cidade, todos a recebê-lo de braços abertos como se fosse o filho pródigo. Já chega um lituano, fala, e logo todos suspeitos e não demora dois segundos para alguém agarrar a arma. Os cantrianos vivem na sombra da morte, sempre em vias de ficar sem comida. Sempre feridos. Porquê é que são tão simpáticos? Nós humanos às vezes até nos limpam o rabo e continuamos a desconfiar de quem o faz. É rídiculo. ). Temos que fazer o que falta no cantr. Façam escritores e historiadores, façam músicos, façam o que nunca viram. Acreditam que não só ajuda a comunidade como vos ajuda a vocês mesmos, não sei como será passar de personagem para personagem sem ter que mentalizar a nova personalidade.
Quando criarmos um char devemos sempre pensar no que a nossa comunidade precisa. Olhem para o mundo há vossa volta, quantos personagens altruístas vemos? Quantas pessoas prontas a sorrir para uma pessoa que nunca viram na vida, prontas a emprestarem-lhes o seu sabre? O número é ridiculamente maior que o oposto. Então, o que é que vamos fazer? Mais um bonzinho? Não, façam alguém pronto a tirar da mão dos outros o que quer. Alguém que olha de lado e de lança nas mãos para o estranho acabado de chegar (desculpem agora o meu desabafo, mas é mesmo ridiculo a nossa prestação quanto a isto. Quando chega um homem à cidade, todos a recebê-lo de braços abertos como se fosse o filho pródigo. Já chega um lituano, fala, e logo todos suspeitos e não demora dois segundos para alguém agarrar a arma. Os cantrianos vivem na sombra da morte, sempre em vias de ficar sem comida. Sempre feridos. Porquê é que são tão simpáticos? Nós humanos às vezes até nos limpam o rabo e continuamos a desconfiar de quem o faz. É rídiculo. ). Temos que fazer o que falta no cantr. Façam escritores e historiadores, façam músicos, façam o que nunca viram. Acreditam que não só ajuda a comunidade como vos ajuda a vocês mesmos, não sei como será passar de personagem para personagem sem ter que mentalizar a nova personalidade.
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- HFrance
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Desculpa Volt, mas não vejo tantos altruistas quanto você. O elemento empreendedor, aglutinador, socializante ainda é muito precário em Cantr. O que mais vejo por lá são seres apáticos, muito dependentes de apenas um ou outro agente dinamizador que, a qualquer hora, acaba se cansando. Se devemos nos preocupar com aquilo de que Cantr precisa, temos de pensar justamente em mais seres sociais pois, sem eles, não há sentido em se fazer um "anti".
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Cantr is like Vegas - what happens in the game should be in the game.
"It's a virtual world, not a theme park!" (Richard Bartle)
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HFrance wrote:Desculpa Volt, mas não vejo tantos altruístas quanto você. O elemento empreendedor, aglutinador, socializante ainda é muito precário em Cantr. O que mais vejo por lá são seres apáticos, muito dependentes de apenas um ou outro agente dinamizador que, a qualquer hora, acaba se cansando. Se devemos nos preocupar com aquilo de que Cantr precisa, temos de pensar justamente em mais seres sociais pois, sem eles, não há sentido em se fazer um "anti".
Isso é graças à falta de actividade e não é dela que eu estava a falar. Os chars activos, esses que temos, são puramente altruístas e confiantes de que nenhum mal lhe virá de um português. É deles que estou a falar. Se aqueles personagens que nunca respondem, no entanto estão a caçar e a apanhar espinafres, passassem a ser mais activos quase de certeza que a personalidade que os seus jogadores iam usar era a de altruísta confiante no mundo à sua volta. E quando falo de pessoas mais desconfiadas isso não quer dizer que haja menos socialização, é apenas uma socialização diferente. Pode também ser muito interessante, se não for mais. Não percebo porque é que, quando o meu personagem não sorri para o outro, o seu jogador fica ofendido. Temos que largar isto, deixar de nos sentirmos envergonhados só porque o nosso personagem foi apanhado a coçar o rabo. Fica aqui mais esta dica.
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Realmente, se temos quinze personagens disponíveis, podemos ter personalidades e modos de viver em sociedade diferentes. O problema é quando damos muito de nós ao personagem. Já aconteceu eu ter ficado incomodado com uma atitude de um personagem meu. Ele fez algo que eu nunca faria e senti-me mal. Porquê? Porque identifiquei-me demasiado com ele.
Eu tenho tendência para fazer personagens bonzinhos. Tenho que trabalhar mais na construção dos próximos.
Eu tenho tendência para fazer personagens bonzinhos. Tenho que trabalhar mais na construção dos próximos.
- HFrance
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Quanto aisto vocês tem razão, e até do ponto de vista da psicologia. O distanciamento nosso das personagens não apenas é necessário para nos liberar a criatividade quanto para nos manter emocionalmente saudáveis. Há muitos roleplays intensos que podem facilmente nos roubar noites de sono, especialmente os de natureza romântica ou trágica, se não largarmos um pé atrás. Mas acho também que estes momentos de envolvimento intenso são experiências muito ricas e são os pontos altos do jogo. 

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Acho que já todos chegamos à conclusão que é impossível afastarmo-nos dos nossos personagens. Não resulta simplesmente, estamos a trabalhar neles os dias todos e é impossível não gostar deles, por mais otários e egoístas que sejam ou por mais simpaticamente irritantes. A única coisa que nos resta a fazer é aguentar com o que pode vir e lembrarmo-nos da sua personalidade e nunca fugir dela, mesmo que isso signifique a morte do nosso personagem.
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Voltenion wrote:Acho que já todos chegamos à conclusão que é impossível afastarmo-nos dos nossos personagens. Não resulta simplesmente, estamos a trabalhar neles os dias todos e é impossível não gostar deles, por mais otários e egoístas que sejam ou por mais simpaticamente irritantes. A única coisa que nos resta a fazer é aguentar com o que pode vir e lembrarmo-nos da sua personalidade e nunca fugir dela, mesmo que isso signifique a morte do nosso personagem.
Merecia repetição

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Voltando à velharias...
Sei que vou estar divergindo do pau da árvore, mas lembram-se de um tutorial há muito traduzido aqui no fórum? A tradução era péssima (assim como a redação original) mas creio que ele sirva de algo.
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