Cantr II Discussion Forum

Double post

Jogar as coisas para cima do Hikkke foi má aposta então. Vai ter problema do mesmo jeito no final.

Se realmente vai saindo, Hikkke, vai com as bênçãos. Não te obrigues a ficar numa situação desagradável só por causa do jogo, ou a ter de aguentar alguém que te magoou. Viva bem.

(Só espero também que este alguém não tenha sido eu).

Volto para esclarecer, não estou saindo por culpa de uma pessoa, ou duas, ou três, ou quantas sejam, mas de uma situação que se criou.

Que em parte foi minha culpa. A situação me deixou chateado, não um jogador ou jogadora.

Mals-entendidos o são por assim serem.

Só volto se sentir que o mal-entendido for desfeito.

Eventualmente será desfeito, esperemos

Hikkke wrote:Volto para esclarecer, não estou saindo por culpa de uma pessoa, ou duas, ou três, ou quantas sejam, mas de uma situação que se criou.

Que em parte foi minha culpa. A situação me deixou chateado, não um jogador ou jogadora.

Mals-entendidos o são por assim serem.

Só volto se sentir que o mal-entendido for desfeito.

Volta logo!!!

Olá, estou voltando, devagar, mas voltando.

Tive de dar este tempo, pois acabei magoando pessoas que se não achavam minhas amigas, eram ao menos pessoas que eu respeito, muito. As vezes fazemos coisas que parecem sem consequencias, mas a ignorância não é desculpa para se machucar alguêm.

Ainda que não fosse a intenção, agi mal. Reconheço e peço desculpas.

Fico chateado quando acabo por fazer mal à alguêm, sou assim mesmo.

Confeso que também estou um pouco cansado do jogo. Não deixei de me divertir por jogar, mas o cansaço vem me deixando desleixado de várias formas.

Irei seguir jogando, não no mesmo ritmo, não sei se voltarei ao ritmo de Grande-Chifre, ou dos Mercenários, mas vou tentar manter a concistência.

Aquele tópico de despedida, fica mantido, pois como disse, quando eu largar o jogo, não esperem me ver neste forúm tão cedo, irei me afastar pra valer, para não correr o risco de ter uma recaida, é como funciona para mim.

Agora bora, veteranos, temos de por estes novatos em forma, eles são o futuro.

E novatos, estreantes, ou simplesmente novos jogadores, sintam-se a vontade em pedir ajuda quando for preciso, e não se acanhem em soltar a criatividade e encarnar o sexo oposto, ou o sujeito malvadão... mas não se esqueam do herói, do bravo e do ousado, do galante e do beberão.

Bora jogar. Todos.

O Hfrance não se decide em que imagem usar para o fórum

Bem vindo de volta, Hikke. O jogo não é a mesma coisa sem ti.

Acho que sei o porquê do teu cansaço. Eu quando carreguei no X, na minha primeira conta, foi na altura em mais líderes de cidades tinha. É cansativo, mesmo muito cansativo. A maioria das vezes as pessoas não ouvem, ninguém faz o que se pede e nada acontece como se quer, pensamos que os nossos esforços não estão a ser recompensados e cada vez mais é um peso entrar naquele personagem. Pelo menos foi o que me aconteceu. O melhor mesmo é passar uma ou duas cidades e ter também uma ou duas cidades em que haja co-liderança. Pesa menos e volta-se a ter gozo pelo jogo.

Trapaças wrote:O Hfrance não se decide em que imagem usar para o fórum

Sim, minha imagem tem mudado muito no fórum. No começo não tinha imagem alguma. Depois fui um dinossauro rescém-nascido, depois declarei meu amor ao Cantr. Depois me transformei em um simpático lobo verde. Mas agora me identifico mais com um alienígena do espaço distante. Espero não abduzir ninguém...

Hikke... como Volt disse, confie mais e delegue mais.

Pensamento do dia 1: O forum ta muito parado
Pensamento do dia 2: O jogo ta muito agitado

Parece que os SP deram certo afinal, não vejo cidade nenhuma mais parada

A quantidade de gente que chega ao jogo está bem grande. A cada dia autorizo a entrada de um ou dois. Pena que a quantidade de novatos que abandona também é quase na mesma proporção. Cantr II é mesmo uma peneira de malha fina.

Análise conceitual de JOGO:

Três elementos principais: aquelas condições necessárias e suficientes para caracterizar o ato de "jogar".
- Objetivo pré-lúdico do jogador;
- As regras que constituem o sistema lúdico;
- A atitude lúdica do jogador

Objetivo pré-lúdico - um objetivo que pode ser descrito independentemente da existência do jogo. Pode ser qualquer objetivo desejado pelo homem: chegar ao topo de uma montanha, pilotar um avião ou matar vampiros. Não se confunde com os objetivos lúdicos, que são aqueles internos à atividade, derivados dela, que permitem sucessivamente que o objetivo pré-lúdico seja atingido de alguma maneira (nos exemplos: fincar estacas na montanha caso o objetivo seja alcançado por escalada, aprender a pilotar um avião, encontrar-se cara a cara com um vampiro.

Regras constitutivas - são as regras que formam a maneira específica de se atingir o objetivo pré-lúdico, como as regras de escalada para se chegar ao topo da montanha, as regras da academia militar de aeronáutica para se conseguir autorização para pilotar, as instruções de um livro medieval que nos instrui como ser um caçador de vampiros.

A atitude lúdica - o sentimento de aceitação das regras constitutivas existentes, sabendo que elas são necessárias e suficientes para se atingir o objetivo pré-lúdico. Nos exemplos: gostar das regras do alpinismo, gostar das regras da aviação militar, gostar das regras do manual de caça a vampiros.

Mas a existência destes três elementos têm de estar configurada de um modo especial para que a atividade seja considerada um jogo. E esta configuração especial é determinada pelas regras constitutivas. Elas devem ser REGULADORAS de um equilíbrio entre os objetivos lúdicos e os objetivos prelúdicos. As regras devem fazer com que os objetivos prelúdicos necessitem de objetivos lúdicos e que estes objetivos lúdicos sejam eficazes em conduzir ao objetivo prelúdico. Dos três exemplos dados, um deles (chegar ao topo de uma montanha) possui um objetivo que pode ser atingido simples e diretamente, sem quaisquer metas intermediárias (alugando os serviços de um helicóptero) deixando, assim, de caracterizar um jogo. O outro exemplo (pilotar um caça) o objetivo é muito difícil de ser alcançado pois exige que se atinjam uma série de objetivos intermediários que levariam quase uma vida inteira (passar nos exames, frequentar um curso, ser aprovado como piloto, etc). O último exemplo é impossível, se adotarmos que vampiros não existem.

A função das regras do jogo é equilibrar a prática de uma atividade entre os extremos do simplesmente fácil e do absolutamente impossível. No primeiro exemplo, o alpinismo é um jogo pois há nele os três elementos em uma configuração equilibrada por suas regras: há o objetivo prelúdico de se atingir o topo da montanha, há a atitude lúdica de se tentar fazer isto seguindo-se as regras do alpinismo (meio termo entre ir de helicóptero simples e diretamente e o teletransporte absolutamente impossível). O alpinista é um jogador pois ele deseja voluntariamente seguir as regras do alpinismo quando poderia atingir mais facilmente seu objetivo sem estas regras. As regras, neste caso, combatem a simplicidade.

Com o surgimento do computador, tornou-se possível simular muitas atividades que dificilmente seriam possíveis de serem praticadas fisicamente, como pilotar um avião ou caçar vampiros. As regras de um jogo de computador, neste caso, combatem a impossibilidade de determinada maneira e em certa escala. O computador pode estabelecer regras bastante simples como as de um jogo tipo arcade para se pilotar um avião ou caçar vampiros ou, então, regras bastante complexas como em um simulador realista ou um roleplay detalhista.

Um SpaceInvader é um jogo pois:
As regras permitem a possibilidade de se atingir o objetivo de matar alienígenas.
As regras impedem que este objetivo seja atingido muito facilmente
Em resumo, as regras dão o equilíbrio entre simplicidade e impossibilidade, determinando um nível de DIFICULDADE
O jogador aceita voluntariamente (e até deseja) o nível de dificuldade que as regras lhe apresentam (ele pode escolher entre SpaceInvader mais fácil ou mais difícil).

Em resumo:
Jogar é desejar superar obstáculos desnecessários para se atingir um objetivo possível.
O computador apenas torna possíveis vários objetivos prelúdicos que, sem ele, seriam impossíveis serem atingidos.

No Cantr, as pessoas têm como objetivo prelúdico CRIAR UMA PESSOA QUE CONVIVA COM OUTRAS PESSOAS EM OUTRO MUNDO. Se não houvesse computadores, isto seria possível apenas pela ARTE COLETIVA, através de literatura coletiva ou performance coletiva (esta última incluindo os jogos de role-playing presenciais). Aqueles que jogam Cantr comungam de um mesmo objetivo prelúdico que reúne as duas palavras-chave inter-relacionadas: Criação de Interação Social e Interação Social Criativa. Reúne também, através de seu mecanismo de jogo (que implementam as suas regras), pessoas que acham o role-play presencial (com dados e tabuleiros) muito simplificado ou fácil e aquelas às quais o role_playing presencial é impossível. Estas pessoas aceitam as regras do Cantr (ou mesmo gostam delas e as preferem) pois elas satisfazem este equilíbrio entre simplicidade e impossibilidade, estabelecendo a DIFICULDADE inerente ao Cantr, que é representada pelos inúmeros objetivos lúdicos que o jogador precisa cumprir para satisfazer seu objetivo principal prelúdico.

A diferença entre Cantr e uma idéia como a de Pangandaran está na definição deste objetivo prelúdico principal: em Cantr deseja-se criar coletivamente uma sociedade em OUTRO MUNDO, enquanto em Pangandaran deseja-se que isto ocorra NESTE MUNDO. Ou seja, procura excluir do objetivo lúdico o último traço de FANTASIA que Cantr ainda alimenta. E isto representa uma recusa das regras inerentes ao Cantr (e que fazem Cantr ser o que é) que permitem que estes elementos fantásticos (ex.: a exigência de que as personagens não tenham história pessoal antes de surgirem, apesar de já surgirem como seres humanos complexos, bem como outros aspectos mágicos como a ausência de maternidade, a geografia confusa e improvável do mundo, etc.). Quem suporta este resquício de Fantasia não pensa em outro jogo.

Esses elementos não são fantásticos. São difíceis. No cantr não há ausência de maternidade como dado adquirido, muito pelo contrário. O que há é a quase inexistência desse segmento no roleplay jogado. Esta consideração aplica-se provavelmente também às outras coisas que consideraste fantásticas.

Muitas das vezes, também, os jogadores tendem a ver as limitações do sistema que serve de interface para jogar cantr como "considerações acerca do que o cantr é" fazendo uma leitura literalista despropositada. O cantr não é nem nunca foi um jogo muito aberto a concepções da realidade diferentes da que existem no mundo real. Os jogadores contudo, sempre gostaram de procurar essa ideia, como se fossem observadores de cinema, que em vez de assistirem ao filme que está a ser projectado na tela de uma forma "natural" interpretando o filme "como seria suposto o mesmo ser interpretado" , não... em vez disso, ficam a contar o nr de vezes que se veem os fios que seguram a mota no ar durante um salto, e que era suposto terem sido apagados pela equipa de efeitos especiais.

Nada contra as gafes nos filmes, há filmes que valem pelas suas gafes. Mas creio que deu para perceber a ideia.

Só uma perguntinha:
Uma personagem recém-surgida pode saber o que existe dentro de uma cabana alegando ter visto a coisa ser guardada lá dentro quando ela tinha seis anos?
Que gafe!!!
As regras do jogo são claras: tua personagem não pode surgir sabendo de eventos anteriores ao seu surgimento. Isto é OOC. Se ela estivesse nascendo, tudo bem. Mas ela surge com vinte anos. É realista uma pessoa surgir aos vinte anos sem saber nada do que aconteceu no mundo antes daquele instante?

Muitas especulações ingame podem sair disso. Religiosas, por exemplo. Pode-se dizer que o mundo é verde é para onde as pessoas de outro mundo vão quando morrem perto dos vinte anos, por exemplo. Tem muitos jeitos de explicar isso.