Pensamentos do Dia

[Encaitaron]

Meu Deus.... Grande Chifre (ou como dizia o eununco na altura, Grandes Chifres)... as memórias que isso me invoca... estou a ficar nostálgico.

[Voltenion]

Estar sempre a sair implica inconsistência, estar sempre a voltar resulta da dependência.


GC era espectacular, tenho muitas das melhores memórias do Cantr lá naquela zona ou relacionados com ela. Não vejo problemas nenhuns em criar um thread desses dedicado à história dessa cidade. É só alguém o iniciar que eu prometo aparecer, inconsistentemente
Quando à pouca presença dos Lituanos perto de GC, foi isso que mais fez gritar "CRB" quando de repente passa um barco com a she-hulk e mais uma data de bestas para vir buscar o único Lituano que por lá andava e que ia morrendo ( I BLAME YOU HIKKKE!!) que misteriosamente achou que seria boa ideia ir para a praia, sabe se lá fosse algum amigo passar por lá e chacinar toda a gente que vinha atrás dele mais tarde.

[Encaitaron]

Por acaso o teu post dá força a uma ideia que tive enquanto navegava pelos meus antigos posts. Como, de momento, estou com preguiça para criar um tópico decentemente, faço alguns dos comentários aqui mesmo.

Relativamente a GC, sempre tive uma opinião um tanto ou quanto paradoxal da terra. Se por um lado foi a terra que me lembro de ter tido dos roleplays mais activos/dinâmicos e variados, foi também testemunha de muito mau rp (mas muito mau mesmo). Uma sociedade presa numa ilha sem madeira, forçada a sobreviver de forma primitiva, com esperança de as coisas melhorarem... de um ponto de vista de progresso, por assim dizer, o jogo era altamente frustrante... de um ponto de vista "social", era por vezes (poucas, infelizmente) muito bom.

Relativamente à pouca presença dos lituanos em GC, o motivo primordial foi o baby boom ridículo que ocorreu naquela ilha.
Quando os 4 (Amon, Dieses, Julio e Vik) chegaram à ilha, os objectivos deles eram 1- reforçar a quantidade de alimento 2- explorar a ilha. Se já na praia onde atracaram começaram a nascer bastantes personagens, então quando chegaram a Grande Chifre, foi horrível... "até pareciam coelhos". Resultado, Dieses e Amon (e o Vik ou o Julio, lembro-me que um deles havia ficado na praia) viram-se forçados a fundar uma comunidade, para garantir que aquela gente toda não morresse à fome... Tivessem eles seguido o seu plano por mais uma localidade, e teriam chegado a Vidabella, na qual teriam melhores possibilidades e recursos de/para ter uma vidinha mais confortável, e criar uma cidade/comunidade, no mínimo, mais interessante, senão mesmo, mais evoluída.

O que é que isto tem a ver com o Labas e o Vardas? Simples... GC era uma terra rica em rinocerontes assassinos, mas de recursos só tinha mesmo pedra, espinafres, e ervas. Comparando isso com os recursos bem mais apetecíveis de outras terras da mesma ilha, GC era uma terra com pouquíssimo interesse em conquistar, e logo, os lituanos nunca tiveram grande atractivo/incentivo naquela terra. Ironicamente, esse facto deve ter sido o motivo pelo qual a comunidade se manteve viva por tanto tempo.

Mais tarde, ora porque os lituanos descobriram que as terras em volta de GC até eram simpáticas, ora porque algumas delas já tinham edifícios, prontos a ser usados... ora porque matar tugas na litu-ilha se estava a tornar velho, o Labas e o Vardas sentiram "naturalmente" a necessidade de EXTERMINATE! o pessoal (kudos para quem identificar a referência) *sighs*

[danizappa]

Vejo muito preconceito do "progresso" aqui

[Franzzz]

Eu acho que o progresso (de novo este assunto!?) é útil para propiciar mais elementos de roleplay. Acredito que estamos esgotando o limite de criatividade usando apenas animais, ossos pequenos, lanças de madeira, escudos de quitina, o ferro filosofal, as batatas e as cabanas sem chaves.

[danizappa]

(ignorem este post)

[danizappa]

Acredito que estamos esgotando o limite de criatividade usando apenas animais, ossos pequenos, lanças de madeira, escudos de quitina, o ferro filosofal, as batatas e as cabanas sem chaves.

Achas mesmo? Parece-me que estamos tão longe desse limite

[Encaitaron]

Eu acho que o progresso (de novo este assunto!?) é útil para propiciar mais elementos de roleplay. Acredito que estamos esgotando o limite de criatividade usando apenas animais, ossos pequenos, lanças de madeira, escudos de quitina, o ferro filosofal, as batatas e as cabanas sem chaves.

Portanto... está tudo na mesma desde há (+-) 3 anos atrás?

[Franzzz]

Eu acho que o progresso (de novo este assunto!?) é útil para propiciar mais elementos de roleplay. Acredito que estamos esgotando o limite de criatividade usando apenas animais, ossos pequenos, lanças de madeira, escudos de quitina, o ferro filosofal, as batatas e as cabanas sem chaves.

Portanto... está tudo na mesma desde há (+-) 3 anos atrás?

Eu acho que há +- 3 anos atrás estava bem melhor...

[Voltenion]

Não, já vejo carros por todo o lado, machados também e uma data de coisas que a comunidade portuguesa só sonhava ter alguns anos atrás. Concordo geralmente com o Dani neste aspecto, acho que há muita procura do progresso mas pouca razão para isso. Como é que não há empresas, grupos organizados, etc? Algo com uma motivação para ter coisas para além de simplesmente as ter. Só vejo cidades semi-desenvolvidas mas sem rumo ou objectivo.

[Encaitaron]

Eu acho que há +- 3 anos atrás estava bem melhor...

... wow

[Encaitaron]

Não, já vejo carros por todo o lado, machados também e uma data de coisas que a comunidade portuguesa só sonhava ter alguns anos atrás. Concordo geralmente com o Dani neste aspecto, acho que há muita procura do progresso mas pouca razão para isso. Como é que não há empresas, grupos organizados, etc? Algo com uma motivação para ter coisas para além de simplesmente as ter. Só vejo cidades semi-desenvolvidas mas sem rumo ou objectivo.

Pensando um bocado nisso, sou forçado a levantar uma teoria.
Pelo que me lembro, um dos motivos para trazer o progresso a uma certa terra, nem era tanto para "ter o progresso", no sentido oco da palavra, mas antes ter condições que permitissem aos jogadores defenderem-se e arranjarem aliados a defenderem-se dos meta-lituanos. Naturalmente, existiam outros motivos, afinal de contas, o que é que a cultura culinária de Apollodoro poderia ajudar na luta contra os lituanos? Encher-lhes o bucho até morrerem de diabetes?
Apesar de simplista, não era necessariamente um mau motivo, afinal de contas, toda a sociedade procurou o progresso ora para garantir melhores condições para o seu povo, ora para se defenderem dos povos vizinhos mais desenvolvidos.

De qualquer forma seria irónico que um dos principais motivos para o fraco desenvolvimento tuga, fosse também o principal motivo para o esse mesmo desenvolvimento.

Tendo essa ameaça reduzido, é natural, mas não necessariamente bom, que haja alguma estagnação.

Relativamente à falta de grupos organizados, objectivos e tudo o mais... diria que a culpa é tanto da comunidade como do jogo.

Por muitos planos que tenhas quando crias um personagem, ao contrário de muitos outros rpgs, não tens a possibilidade de criar uma história, ou definir com exactidão como será o teu personagem. No cantr estás sempre dependente, de onde ele surge, e da experiência (raramente alterável) com que o teu personagem nasce. Portanto, o teu guerreiro sanguinário é rapidamente lançado para uma praia com gente calada, com um físico demasiado fraco para sequer representar uma ameaça, e uma experiência mais que patética. É necessária agilidade mental e capacidade de adaptação? Sem dúvida, mas acabas por ser forçado a jogar com algo que não querias inicialmente. Embora isto seja um dos desafios (positivos) do jogo é, por vezes, um dos seus principais problemas.

Por outro lado, quando estás numa terra altamente enfadonha, por muito animado e/ou activo que queiras ser, acabas por ser afectado pela "enfadonhisse" da terra. Em parte também, porque dificilmente podes começar a fazer um rp tão interessante quanto o de um dos teus personagens mais velhos, já que nasces sem nada e antes de seguires com a história do teu personagem (ou pelo menos antes de teres um personagem que não seja "desprezado" pelos restantes) (geralmente) queres-lhe arranjar umas roupas e/ou um escudo (de quitina lol). O que no final, acaba por passar pela realização das mesmas tarefas, e por muito diferente que o teu personagem seja dos outros, vai necessariamente afectar o teu "enfadonhanço".

De um ponto de vista geral, o problema até é relativamente claro, muitas vezes o roleplay fica demasiado orientado à tarefa.
Por exemplo, quando um personagem caça, porque é que o jogador não descreve, uma vez ou outra, as suas acções? Não apenas, quando mata com sucesso um animal, mas quando falha, por exemplo. Como é que tentaste caçar? Porque atacaste o animal X e não Y? Se calhar, na mesma terra, há um caçador com mais experiência que te possa dar umas dicas, não?
Por outro lado, e mesmo que isso seja feito, porque é que o roleplay que tu (pessoa hipotética) estás a fazer é apenas dirigido à tarefa que vais/estás a fazer?

"Alguém tem um martelo/ferramenta/recurso?"
"É preciso gente para este projecto, quem quer?"
"Acabei o projecto, vou fazer outro!"
etc...

Lembro-me muito pouco, ou nada, de ver roleplay dentro disto, mas que "pensa para além da caixa" (think outside the box).
Char A empresta martelo muito usado a char B
Char B: Livra! Tens de tomar melhor conta das tuas ferramentas, A.

Char C: Acabei de construir uma casa, vou construir outra...
Char D: C?! Tu nunca descansas?

Coisinhas tão simples, e que, a parecer que não, fazem toda a diferença, no dia a dia de uma sociedade calada.

[Franzzz]

Relativamente à falta de grupos organizados, objectivos e tudo o mais... diria que a culpa é tanto da comunidade como do jogo.

Organização implica em hierarquias, em procedimentos racionalizados, em instituições bem fundamentadas. É fácil fazer isto sozinho, com apenas a nossa própria personagem, trazendo tudo pronto de fora e bem adaptado para lá dentro. Mas não cola, não dura, não convence, não empolga nem cativa. Só funciona por roleplay grupal e isto demanda disposição de todos para se dedicarem a algo complexo e até mesmo enfadonho. Pois para se fazer em grupo é preciso muito tempo, construindo tijolo por tijolo, com muita discussão e compreensão das metas. É mais fácil fazer escudos de quitina.... ou motocicletas estradeiras.

[danizappa]

Eu acho que o progresso (de novo este assunto!?) é útil para propiciar mais elementos de roleplay

Acho isto muito estranho. É precisamente a presença de "mais elementos" que corroi a autenticidade do desenrolar dos acontecimentos que tenho sempre assistido. Chega ao ponto de ter nojo à palavra "projecto" quando a mesma aparece dita por algum char no ecrã dos Acontecimentos.

Digam que estão a construir "X",

não digam estão a trabalhar no projecto de "X"

[Franzzz]

Chega ao ponto de ter nojo à palavra "projecto" quando a mesma aparece dita por algum char no ecrã dos Acontecimentos.

É vero. Desde quando pra fazer um porrete de osso é preciso um projeto?