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Out-of-character discussion forum for Portuguese-speaking players

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HFrance
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Postby HFrance » Tue Aug 18, 2009 12:29 am

Creio que o grande medo dos jogadores em fazer todos os personagens se manifestarem é a de que seus personagens sejam associados e, com isto, o jogador seja identificado. Eu acho este receio uma bobagem, mas confesso que muitas vezes eu mesmo me portei por ele.
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Postby Hikkke » Tue Aug 18, 2009 5:23 am

Creio que o grande medo dos jogadores em fazer todos os personagens se manifestarem é a de que seus personagens sejam associados e, com isto, o jogador seja identificado. Eu acho este receio uma bobagem, mas confesso que muitas vezes eu mesmo me portei por ele.


Eu tinha este "receio" nos primeiros meses que joguei. Mas... foda-se, nem tenho tempo as vezes de logar 1 vez por dia, vou ficar logando várias vezes só pra ninguêm vingar uma porretada ali, ou um xingo acolá? :lol:

O RP tem de estar acima da vingança.
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Postby HFrance » Thu Aug 20, 2009 4:28 am

Mensagem para Voltenion - estou acompanhando teus `posts` lá nos outros fóruns e tenho gostado de tuas idéias. Especialmente aquela sobre as habilidades terem de ser aprendidas e as profissões deixarem de ser hereditárias).
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Postby Voltenion » Thu Aug 20, 2009 5:11 am

Obrigado :) Se ao menos eles as as considerassem.

Pensamento do dia: Quem é que foi a brilhante pessoa que inventou a palavra "poloneses"... :lol:
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Postby HFrance » Thu Aug 20, 2009 5:24 am

Os mesmos que inventaram `portugueses`, `lituanos`, `lusitanos`...
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Postby Voltenion » Thu Aug 20, 2009 5:28 am

Não, esses lá acertaram na palavra. :lol:

Acho que deveriamos começar a ser menos CRBiers, afinal a informação que temos de que um certo povo é Lituano ou Polaco acaba por ser OOC e deveriamos chama-los por algo que faça sentido para o nosso personagem pensar. Pena é que tudo depende do primeiro jogador a fazer contacto.
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Postby HFrance » Thu Aug 20, 2009 6:06 am

Os tais primeiros jogadores!!!

Um dos meus personagens (em 2006) foi o pioneiro em tentar se comunicar com os dos lituanos e a fazer um dicionário (tudo limitando-se ao que a mecânica do jogo permitia, ou seja, jogar coisas no chão, apontar para coisas e partir dos rudimentos de álgebra para chegar em conceitos como `igual`, `diferente', etc). Hoje encontramos dicionários até com traduções de conceitos metafísicos. Espero que tenham sido obtidos em uma legítima convivência pacífica por muitos anos entre aqueles povos em algum lugar daquele mundo.
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Postby Gran » Thu Aug 20, 2009 2:57 pm

HFrance wrote:Voltenion - estou acompanhando teus `posts` lá nos outros fóruns e tenho gostado de tuas idéias. Especialmente aquela sobre as habilidades terem de ser aprendidas e as profissões deixarem de ser hereditárias).


Essa idéia é tão do Voltenion quanto é minha a idéia o invento da roda. :lol: Volta e meia se repetem esas idéias. Claro, que sempre para serem abandonadas e/ou aprovadas e abandonadas.

Vide reprodução sexuada / criação de animais / armas de cerco / pólvora, et coetera, et coetera, et coetera. Acho que já vi tópicos de sugestão para estas idéias umas três vezes, armas de cerco quatro e pólvora, possivelmente uns cinco tópicos.

E as duas primeiras ideias foram aceitas mas jamais foram implementadas pelo esforço de programação e/ou preguiça pura.

HFrance wrote:Espero que tenham sido obtidos em uma legítima convivência pacífica por muitos anos entre aqueles povos em algum lugar daquele mundo.


Já isto ninguém garante.

Também não podemos evitar de chamar os povos como eles são chamados OOC. Principalmente por que sempre ocorrerá a seguinte cena:

A: Ah, os ( X )enses vieram comprar aço.
B: Quem são os ( X )enses.
A: São aqueles alí. *Aponta para uma trupe de gajos falando polonês*
B: Ah, são poloneses.

Infelizmente, sempre há um infeliz que fala isto.
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Postby HFrance » Thu Aug 20, 2009 3:13 pm

E quanto aquele tópico sobre o bronze, talvez seja melhor não entrar em detalhes sobre a situação de nosso mundinho, pra evitar ooc/crb de uns e, especialmente, de outros.
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Postby Voltenion » Thu Aug 20, 2009 3:38 pm

GranAttacker wrote:
A: Ah, os ( X )enses vieram comprar aço.
B: Quem são os ( X )enses.
A: São aqueles alí. *Aponta para uma trupe de gajos falando polonês*
B: Ah, são poloneses.


E é aí que tu insistes e te mostras um excelente jogador de Cantr.

A: Cala a boca, ó palhaço! Ainda agora nasceste já achas que sabes? Quem dá nomes aqui sou eu, eles são (X)enses, e acabou!
B: Mas eles falam Polaco, logo, são Polacos!
A: "Polaco"? Mas até dás nomes às linguas deles! Nem roupa tens, já achas que sabes tudo? São (X)enses! E falam (X)ensês... Fui o primeiro a vê-los, sou eu que o dou o nome.

Pode não ser fácil às vezes, mas é divertido humilhar "jogadorezinhos" (para o bem do jogo :) ). E eles no fim disto ainda acabam por perceber o que estão a fazer e aprendem umas coisinhas, coisinhas que ainda nos vão ensinar mais tarde.
Por isso força, insistência e teimosia da nossa parte amigos! :P
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Postby Hikkke » Thu Aug 20, 2009 6:33 pm

Vocês são um bando de ranzinzas... isso sim. :?

Eu já fui nesta linha de vocês... mas é impossivél! No final vão morrer todas as personagens que você ficou a RPiar toda a cena e vais ficar com uma frustração do tamanho do... de algo grande.

É tanto esforço e num belo dia você loga e XXXXX pessoas morreram. E teu RP foi pras picas.

E fui eu quem disse poloneses. E não acho de forma alguma errado.

Meu personagem, já um senhor nos seus quarenta, encontra um povo que fala diferente. Então ele os chamou poloneses. Falta de criatividade? Sim. Errado? JAMAIS! Ele decidiu que os chamaria de poloneses e assim fez. Se ele quisesse chama-los de cocolojocolocostocolokos, também estaria certo.

Se fossemos radicais aos pontos que querem o Gran e o Volt, teriamos de a cada personagem inventar uma alcunha para pedra, grama... até chegar um ponto que ia ficar tão bagunçado que iamos todos ao encontro do Grande X.

O único apoio que presto, é de que um personagem novo, logo ao nascer e veja alguêm falar: "Mano vardas as Lokolocodoido" fale: "Ah, esses lituanos..." Ai sim, ele acabou de nascer e lituanos já é um termo existente no game, logo não seria uma alcunha expontanea e sim algo baseado em experiencias/leituras.

Quanto aos dicionários, é preciso um pouco de jogo de cintura, incluir palavras do tipo joga ao chão e pergunta, e outras por convivência. Já fiz um bem completo Lituano-Português só com o joga e pergunta e com desenhos. Mas além de ser cansativo é muito pouco pratico!

Se tem uma personagem a viver 5 anos num sitio onde ele vê todos os dias personagens de outra língua conversando... ele acaba por perceber uma palavra ou duas, só em observar... Não vamos querer nenhum personagem que nasce fluente em outros idiomas, mas temos de ser maleavéis em alguns pontos. É EXTREMAMENTE massante o joga ao chão e pergunta, desenho é ainda mais massante. Outra forma, se uma personagem reune um bom numero de notas em lingua extrangeira, é natural que ele comece a associar palavras semelhantes e ir aprendendo.

Sem radicalismo pessoal, o Cantr já é "chato", se ficarmos com esse cabresto, ai que nada anda no game.

Da forma como vocês colocaram aqui, o RP entre povos seria MASSANTE ao EXTREMO. Não estou sugerindo que as personagens aprendam por mágica outros idiomas, mas o Cantr é um jogo aonde um ano equivale a 20 dias. Temos que acompanhar a velocidade do jogo e não nos prender tantos a detalhes insignificantes.
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Postby Gran » Thu Aug 20, 2009 7:28 pm

Eu não acho que todas as palavras tenham de ser criadas dentro do jogo, porque isto não ocorre. Aliás, é mais do que compreensível que as pessoas ao conhecerem um polonês elas possam chama-lo de polonês - assim como é compreensível que ao verem a pedra a chamem de pedra. Segundo o que eu entendo, só vais desbloqueando a linguagem.

Ainda assim, é algo medíocre se limitar só ao vocabulário comum e pode passar idéias um tanto incorretas. Quando falamos "nós portugueses" e "eles lituanos" por exemplo. Damos uma idéia de unidade que, de repente, nem sequer existe. Para falar a verdade, ninguém deveria prestar favor ou basear-se no fato de que "somos todos portugueses" para nada. Quem lhe garante que existe esta unidade?

Hikkke wrote:É tanto esforço e num belo dia você loga e XXXXX pessoas morreram. E teu RP foi pras picas.


Isto é realmente uma coisa que eu não me importo. Roleplay não é cumulativo, ele é efêmero. Claro, a história do char não é, mas que se dane a história do char. Quero mais é que ele desocupe o slot depois de morto.

Hikkke wrote:Sem radicalismo pessoal, o Cantr já é "chato", se ficarmos com esse cabresto, ai que nada anda no game. [ ] Da forma como vocês colocaram aqui, o RP entre povos seria MASSANTE ao EXTREMO.


Isto, Hikkke, devo dizer que é a sua opinião e deve se limitar a ser mera opinião. Primeiro porque o Cantr é tão chato que jogamos faz dois anos. :roll:
Outra que - até onde li e vi - não falamos nada sobre o rp entre povos. Mas que devo dizer que é com muita certeza muito mais complexo do que o comum, porque há a barreira de linguagem. Mas de forma alguma acho que seja maçante. Até porque se eu tenho alguma memória boa de um dos meus chars recentemente falecidos, é de quando ele teve de conversar com alguns estrangeiros fazendo desenhos na areia.

Mas entre desenhos e um dicionário, claro estás escolhendo a pior das tarefas. Um dicionário iria requerer muito mais do que uma simples conversa. Um "completo", mais similar a um dicionário de verdade, levaria talvez quase um ano real para nascer - com muito trabalho intensivo entre os autores, jogador e char. Isto sim é um bocado enfadonho.
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Postby danizappa » Thu Aug 20, 2009 10:31 pm

Polonenses ou Polacos vai quase dar ao mesmo Hikkke. De facto sempre me fez muita confusão dizermos "portugueses" e "lituanos". É a tal situação do confrontamento da realidade cantr com a realidade occ. Defendo que palavras e expressões devam ser criadas In-Game por muito custoso que isso possa ser, acaba por ser um tesouro cultural caso corra bem. Claro que dar o nome de "pedra" a uma pedra é compreensível, mas no fundo, no cantr, não há razão para que tal aconteça. Parece-me que há que ter a flexibilidade e abertura de espírito para admitir que estes "baptismos" aconteçam. Mas por, favor, dizer "Lituanos" é muito muito feio. Eu vou fazer uma confissão - já cheguei quase a exterminar uma aldeia por falta de nível de RP e deu-me um gozo tremendo :twisted:
Outra coisa que me faz confusão é a febre do desenvolvimento e do avanço tecnológico. Acho que devíamos pensar que o importante é a história mesmo e não ficar achando que estamos a ganhar liberdade quando avançamos tecnologicamente e nos tornamos capazes de fazer mais coisas. No geral acho que o RP poderia ser muito mais fundamentado e que isso só trazia mais divertimento e não enfado. A minha visão é muito mais de conseguir fazer coisas gratificantes do que conseguir fazer muitas coisas, porque acaba sempre por ser desequilibrado ter muito desenvolvimento sem uma boa causa para isso ter acontecido.

E já agora uma ultima impressão - as datas ooc.
Sempre foi das coisas que mais raiva me deram no jogo - ver, que numa qualquer localidade os chars tem consciencia que estao no dia 6342 e pior! - deixar notas escritas com essa referencia e usar essa data occ do jogo como referencia para combinar eventos dentro do jogo. Pior ainda? Estabelecer numa localidade um calendario oficial em que os dias multiplos de 500 da data ooc do jogo são o "dia do navegador" - dia onde deveria estar pronta mais uma embarcacao para a localidade. Como imaginam o calendario dessa localidade ficaria muito mais, vá lá.. digamos...bonito, se não estivesse lá estampada uma data que costuma aparecer no topo do ecra verde e que não tem relacao nenhuma com o tempo do jogo

Compreendo o sentido pratico de usar essa data, mas não a usar para mim é basico, essencial. Contudo é coisa que nem os Polacos nem os Ingleses parece que usam, por isso temos de estar acima deles nisso.
Houve uma tentativa de fazer uma outra referenciacao de calendário em Grande Chifre, mas não vingou infelizmente. Fica aqui o meu louvor a essa iniciativa.
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Postby HFrance » Thu Aug 20, 2009 10:55 pm

O desenvolvimentismo é inevitável se a personagem é, digamos assim, uma pessoa 'normal'. Ela vê um osso e pensa no que pode fazer com aquilo. Ela vê alguém usando um chapéu, ela quererá saber como se faz e dará um jeito de fazer um igual. Se sofre muito com ataques de animais, pensará em criar um abrigo. Se ouve falar em perigos, tentará encontrar meios de se defender. Uma coisa que uma personagem destas aprende desde cedo é que sozinha ela não conseguirá fazer muita coisa. A passagem do individualismo para algum tipo de organização social é inevitável também. E a comunidade progressivamente vai se desenvolvendo... Senão acaba.
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Postby danizappa » Thu Aug 20, 2009 11:00 pm

Pois, mas eu cá quando tenho um personagem que está bem na vida não vejo razão para ele ou a comunidade onde está inserido procurar desenvolvimento. Ao invés disso, o que eu vejo é sempre a tal atitude "desenvolvimentista" muitas vezes pouco fundamentada. As coisas não deveriam ser inventadas "porque sim" é um pouco esse o problema. Alias o problema é que o "porque sim" In-game corresponde a um "porque quero matar mais lituanos" ooc, ou outras ambições do género.

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