REGIMES: poder, leis, líder... afinal, quem manda?

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Gran
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Postby Gran » Thu Oct 22, 2009 12:28 am

Illidan wrote:em algumas cidades (posso citar nomes?)


Não.

Aprendam a ser discretos.
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Voltenion
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Postby Voltenion » Thu Oct 22, 2009 3:47 pm

Acontece muitas vezes o líder não ter respostas, ou então as respostas que tem são todas ridiculas e completamente desenquadradas da realidade da cidade, mas acho sinceramente que vale a pena. E claro, se for feito mais e mais vezes, o líder da cidade vai conseguir perceber gradualmente quem é que é mais e menos valioso e a quem não é um desperdício perguntar se tem ideias ou não. Acho que é paciência. Por exemplo, eu não a tive quando em Vidabella, acabadinha de reconquistar, ninguém ouvia o Welm e limitavam-se a apanhar espinafres. Perdi a paciência, a esperança e o interesse pelo personagem.
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HFrance
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Postby HFrance » Thu Dec 10, 2009 3:56 pm

Copiado da Revista Carta Capital:

Na natureza selvagem
04/12/2009 16:24:21

Thomaz Wood Jr.
Liderança é um tema fetiche. Insira o leitor o verbete leadership no Google e receberá mais de 24 milhões de retornos, material suficiente para uma vida ou duas de leitura. Faça o mesmo no Google Images e terá acesso a 170 milhões de imagens: pinguins a seguir um destacado par, bonecos apontando a direção e executivos felizes, a orientar seus sorridentes liderados. Primeira conclusão: liderança é sete vezes mais imagem do que conteúdo. Talvez tenha sido este o raciocínio feito pela coluna Schumpeter, que cobre temas de gestão para nossos parceiros da revista britânica The Economist. Em edição recente, a coluna defende os líderes pavões, aqueles que podem adorar a ribalta, mas são também capazes de mobilizar e mudar o estado das coisas.

Schumpeter, a coluna, menciona apenas pavões e seus antípodas, os líderes discretos, apagados. Entretanto, a fauna corporativa é muito rica em tipos exóticos. Sobra-lhe diversidade. Em seu mais recente livro – Sim, Chefe, editado em Portugal pela Edições Sílabo – os colegas Arménio Rego e Miguel Pina e Cunha, tomados por um audaz espírito exploratório, vasculharam as entranhas empresariais e identificaram mais de uma dezena de espécimes. Rego e Pina e Cunha assumiram uma missão: ajudar o leitor a sobreviver, sem abalos para a sua saúde física e psíquica, às patologias, estranhezas e maluquices de seus chefes. Nos parágrafos que se seguem, são apresentados alguns tipos identificados pela dupla de autores, editados com alguma liberdade por este escriba para servir como aperitivo da bem-humorada obra.

O pavão narcisista nutre sonhos de grandeza e onipotência. Assume sozinho o sucesso e terceiriza o fracasso. Detesta detalhes e foge da tediosa gestão do dia a dia. Seu foco são as ações de grande impacto, capazes de atrair a atenção e sustentar sua imagem.

O touro enraivecido não chega a ser um psicopata, mas costuma perseguir e assediar alguns colaboradores. Ele (ou ela) menospreza realizações, espalha boatos e intimida suas vítimas. Ameaça e não perde oportunidade para exasperar seus alvos.

O enguia escorregadio raramente é explícito em seus ditames. Seu ambiente natural é o pântano da ambiguidade. Promulga ordens por visões vagas e direções incertas. Diante de maus resultados, crucifica os liderados por não terem interpretado corretamente suas palavras.

O preguiça procrastinador é um espécime que vive permanentemente cansado, empurrando afazeres para a semana seguinte. Não propõe soluções nem acolhe sugestões. Como o enguia, evita prazos e foge de responsabilidades. Pressionado, responde sempre com um “sim, mas por outro lado...”

O barata burocrata atualiza-se constantemente sobre as últimas normas e regulamentos. Não toma decisões sem consultar as últimas versões dos manuais e das normas ISO. Questionado por atrasos e baixo desempenho, desfila detalhada ladainha, adornada por fatos e números.

O diabo tasmaniano é um espécime bombástico, sempre pron-to- a promover o caos em seu ambiente. Preocupa-se mais com o impacto que causa do que com os resultados. Costuma ser criativo, assertivo e enfático. Seu palco são as reuniões, que domina com grandes promessas, raramente seguidas de realizações.

O poodle metrossexual distingue-se pela indumentária e pela notável preocupação com a imagem, em detrimento da substância. Não perde oportunidade de mirar-se no espelho. Para ele (ou ela), o trabalho constitui o meio para o culto de um certo estilo de vida, algo que é realizado entre almoços e jogos de golfe.
O coruja pseudointelectual é um espécime com grandes aspirações, sempre pronto a regurgitar modelos, autores e referências. Promove palestras com filósofos do momento e “pensadores de vanguarda”. Pouco entende do que cita, mas o faz com firmeza capaz de impressionar os desavisados.

O hiena masoquista é um tipo excessivamente voluntarioso, incapaz de dizer não a solicitações e propostas de trabalho. Costuma abraçar causas perdidas e fracassos inevitáveis. Abraça teorias conspiratórias e cultua a própria culpa.

Além de identificar os espécimes, o livro de Rego e Pina e Cunha traz questionários para ajudar o leitor a classificar seus próprios chefes e indicações sobre como lidar com cada um dos tipos. Naturalmente, a porta da rua é sempre uma alternativa que deve ser considerada. Conforme lembram os autores, todos os líderes competentes o são da mesma forma, porém cada incompetente é incompetente à sua própria maneira. Por isso talvez seja mais instigante e divertido estudá-los, ainda que não se trate de espécimes em extinção. Aliás, têm-se procriado com muita facilidade.
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HFrance
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Postby HFrance » Thu Dec 10, 2009 4:01 pm

HFrance wrote:"(...) todos os líderes competentes o são da mesma forma, porém cada incompetente é incompetente à sua própria maneira."


Gostei desta. :P
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