O preço do progresso.

Out-of-character discussion forum for Portuguese-speaking players

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Encaitaron
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Postby Encaitaron » Thu Mar 06, 2008 8:45 am

I dont care :D
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Postby Encaitaron » Thu Mar 06, 2008 9:26 am

Ora vamos lá ver...

A pedido do Volt e com razão continuo a temática discutida em "Casais Fofos" para aqui!
---

Ponto 1: Nascimentos

Como toda a gente já reparou, existe uma tendência deveras inconveniente para os nascimentos tugas.
Mais depressa há um nascimento em Amoris, Grande-Chifre, "Terra do Estanho" que em terras como Mil-Cavernas e outros pontos a quem daria mais jeito uma evolução.

Para aqueles que não acreditam digo só isto. Os meus últimos 3 ou 4 personagens nasceram na ilha lituana.

Culpa de quem?
-Nossa? Como pode ser nossa?
Chegam duas pessoas a um lugar deserto e temos um baby giga boom só visto anteriormente em Grande-Chifre!
Por outro lado, está uma cidade bem organizadinha com plenas condições de habitação e....nada!

-PD? Provavelmente! Mas não me vou extender neste assunto
------------------------------

Ponto 2: RP vs Desenvolvimento

Foi este ponto que motivou primariamente a criação deste post. Embora assistamos a atitudes bastante extremistas (ou RP, ou trabalhar para o progresso sem RP) acredito que concordarão que as duas são compativeis.

Diria que um exemplo da "harmonia" entre RP e Progresso seria por exemplo as eleições feitas em Grande-Chifre... O concelho vitalicio, os cargos de administração, etc...
Outro exemplo seria o "RP colinário" de Apolliana... É um ramo diferente do progresso, mas é na mesma....
E por ai fora...
---------------------

Ponto 3: Lobos Solitários vs Idealistas vs Escravos (loucos incluidos em todos)

Um bocado exagerado de minha parte, é verdade, mas boa parte dos chars tugas enquadram-se nestas categorias...

-Ou temos gente anti-social que não quer saber de ninguém a não ser a si mesmo... E só recorrem a outros quando necessitam de ajuda.

-Ou temos anarquistas, monarquistas, pseudo-democartas que só querem falar falar falar falar....sim! e não dizer nada!

-Ou temos Escravos aplicados que vão dando sinais de vida a cada fase da Lua. "O que deseja magestade?" "Sim, senhor" "Eu obedeço" " Progresso à frente de tudo!"

Serão categorias como estas exemplificadoras de mau RP?
Talvez sim talvez não!

-Se por um lado ter um char solitário é mau dada a escasses de inter-acção com outras pessoas num espaço de tempo, digamos, util... temos uma maior mobilidade e poder de decisão... Não estamos limitados à vontade do companheiro/a, namorado/a, deus/a...whatever...

-Por outro lado, um char social estará sempre, teoricamente, exposto a RP e possibilidades de RP e embora geralmente limitado às decisões de um grupo... tem provavelmente um RP mais vasto que um char solitário.

---------------------------

Ponto 4: Individualismo

Provavelmente uma das maiores barreiras ao progresso e ao RP, quase tão grave ou mais que a "doença do sono".

Já me fartei de queixar.
Já me fartei de dar exemplos.
Já me fartei de argumentar.

E, embora já não seja tão evidente como em outros tempos o foi, o individualismo, a incapacidade de pensar em grupo continuam a afectar algumas terras...

------------------------------

Ponto 5: Tipos de RP

A ver se acabo neste.

Chars barulhentos <=> Bom RP ?
Chars polémicos ou Chars activos <=> Bom RP ?

Tenho 2 exemplos:

(1)
Chars barulhentos = Bom RP
Eununco = Char barulhento
Eununco = Bom RP

(2)
Chars barulhentos = Bom RP
Thomas of Lark = Char barulhento
Thomas of Lark = Bom RP

(1) Falacioso
(2) Verdade

Conclusão: Nem todo o barulho é mau desde que tenha conteudo!
---
Por fim, pessoalmente acho que tenho um pouco de todos os personagens... embora se comportem de forma semelhante em algumas ocasiões, isso também se deve ao facto de todos terem experiências semelhantes... Fora isso, posso afirmar que tenho:

Lobos solitários;
Loucos;
Atrasados;
Idealistas;
Galanteadores;
Trabalhadores;
Cavaleiros Leais;
Sensiveis;
Insensiveis;
Apaixonados;
Sonhadores;
Cómicos;

E tudo o mais...


Peço desculpa por este Giga post, mas após tanto post a dizer quase nada... apeteceu-me por algo com um minimo de conteudo.... nem que fosse conteudo mesmo muito fraquinho LOL...
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Postby Trapaças » Thu Mar 06, 2008 9:46 am

*clap clap clap clap*

Belo discurso, acho que deu para resumir quase tudo(senão mesmo tudo) o que se passa no Cantr, HI FIVE!
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Postby Mighty Mike » Fri Mar 07, 2008 1:39 am

.

Acho que ja uma vez disse isto num tread qualquer mas volto a repetir:


----------------------------------------Enca. és um sábio!!!!!!


Faço minhas todas a tuas palavras! Explicaste eloquentemente todos os nossos problemas!
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Postby Encaitaron » Fri Mar 07, 2008 9:36 am

Fixe... fico feliz que tenham gostado, agora so falta escrever um Giga post com as soluções LOL.

----------------------------------------Enca. és um sábio!!!!!!

:oops:
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Postby Voltenion » Fri Mar 07, 2008 2:59 pm

parabens...já te respondo :wink:
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Postby Rossato » Fri Mar 07, 2008 6:24 pm

Quanto ao nascimento:

Hoje, o local de nascimento é determinado com um cálculo que envolve densidade populacional na área. Isso exclui os que estão em prédios. Logo, quanto mais primitivo o lugar, maior a chance de nascer alguem lá. Mas parece que a tendência é nascer em lugares onde menos gente nasceu... Não sei, é uma zona. No final das contas, este post foi inútil.
Não vai dar tempo!!
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Postby Gran » Sun Mar 09, 2008 3:38 pm

O progresso afinal, não tem preço.Tá, ele destrói as matas, os animais, aumenta a depressão, automatiza as pessoas e revolta o proletariado, mas ok. :lol:
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Re: O preço do progresso.

Postby danizappa » Fri May 03, 2013 3:00 am

Reavivando este tópico, constato a antiguidade deste problema.

Parabéns ao Enca pelo contributo na altura.
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Re: O preço do progresso.

Postby Encaitaron » Mon May 06, 2013 1:20 pm

danizappa wrote:Parabéns ao Enca pelo contributo na altura.

:oops:

Hmmm...Tive de reler alguns dos posts iniciais... e confirmo o que dizes, o problema parece persistir.

Uma coisa que me apercebi é que, em parte, a grande motivação para o progresso na altura era fortificar-mo-nos contra os malvados dos lituanos.
Contudo, o problema parece persistir e, tanto quanto sei, a comunidade está em paz. Por isso, qual é o motivo desta vez? (sim sim, eu sei que volta e meia a comunidade é atacada, mas nada que se compare com antigamente).

Acho que hoje em dia um dos grandes problemas deve ser a falta de tempo. Apesar de a publicidade dizer que o cantr não requer muito tempo para ser jogado, a verdade é que é necessário disponibilizar "algum" tempo e atenção para o jogar adequadamente, principalmente, no meio de grandes comunidades. Como se espera que uma pessoa sem tempo seja capaz de ler todo o rp, assimilar, e reagir adequadamente à situação ou às situações?

Por outro lado, fico tentado em culpar a também qualidade da relação jogadores-personagens-história dentro da comunidade.
Maus jogadores criam maus personagens que criam uma má história.
Uma má história não cativa os jogadores e logo não ajuda os personagens.
Maus personagens matam histórias e irritam/não motivam os jogadores.

Portanto, os jogadores não têm tempo, nem têm motivo para o ter. Logo, dedicam-se a algo teoricamente simples, rápido, e cujas recompensas são expectáveis... ou seja, dedicam-se a trabalhar para "evoluir a terra".
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Re: O preço do progresso.

Postby HFrance » Mon May 06, 2013 4:07 pm

O Cantruguês passa por uma das maiores crises de toda sua história. Os bons jogadores, ou seja, aqueles que já demonstraram ter capacidade para desenvolverem boas personagens, estão indo embora como retirantes de uma terra seca. Alguns saem demonstrando um grande desprezo pelo jogo, pelo mundo verde e suas personagesn mas, principalmente, pelos colegas jogadores. Esta demonstração de falta de comprometimento com a comunidade é que representa a principal causa da decadência de Cantr em português.

Falta de comprometimento mútuo, não de tempo: que se danem minhas personagens, logo que se danem os cenários em que elas vivem, logo que se danem as outras personagens destes cenários, logo que se danem os jogadores que as conduzem, logo que se dane Cantruguês e todos nós. Não há amigos aqui.
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Re: O preço do progresso.

Postby Encaitaron » Tue May 07, 2013 8:32 am

Hmm, isso é um ponto de vista bastante interessante.
Embora compreenda a questão do comprometimento, acho que isso é um "pau de dois bicos" (neste caso, dá para concordar e discordar).

Por um lado, concordo com a "necessidade de compromisso" e, de certo modo, já dei a minha opinião sobre o assunto noutros tópicos (nomeadamente, História e Personagens - A chave do RP), não me quero repetir (uma vez mais).

Por outro lado, há que notar que, independentemente da forma como é vivido, o Cantr é um jogo e, por consequência, um método de entretenimento.
É, por isso, expectável que, para o jogador, o jogo seja proporcionalmente bom em relação ao interesse e/ou prazer que dê lhe sejam dados.

A partir do momento em que o jogo se torna mau para o jogador, é normal que uma de, pelo menos, duas coisas aconteçam:
1. o jogador deixa de querer jogar
2. o jogador "esforça-se" ou para encontrar algo que goste, ou para tornar o jogo em algo que goste (são duas coisas diferentes, mesmo não parecendo)

Daí, por um lado, será justo pedir ao jogador que assuma um compromisso, com quem quer que seja, para participar numa actividade supostamente lúdica mas que na realidade não lhe dá qualquer prazer ou suscite o interesse?

Por outro lado, assumindo que o jogador assumiu esse compromisso, e viu os seus esforços negados, ignorados, ou simplesmente não correspondidos da mesma forma. Será justo culpar o jogador por se "revoltar" e preferir que tudo se "dane" a continuar a ser ignorado, negado, ou continuar a viver numa "relação platónica" com o RP (i.e. o RP não retribuir com o mesmo que o jogador lhe dá)?
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Re: O preço do progresso.

Postby danizappa » Tue May 07, 2013 3:39 pm

Ainda há reflexões de jeito Enca. Obrigado.

A realidade é ainda um pouco mais grave que essa, mas o problema está genericamente bem captado naquilo que falaste.
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Re: O preço do progresso.

Postby HFrance » Tue May 07, 2013 4:18 pm

Quando dizemos que fulano é um bom jogador de Cantr, não pensamos nele como apenas um jogador, pois Cantr não é apenas um jogo como outro qualquer. Cantr é um processo de criação coletiva e um bom jogador de Cantr é aquele que demonstra criatividade socialmente engajada. Mas é certo que Cantr não é necessário e tudo aquilo que não nos é necessário, podemos abandonar por falta daquela motivação que nos dá o prazer de fazer tal atividade. Não havendo prazer nem necessidade, largamos o emprego, a faculdade, o casamento ou qualquer outro engajamento. Mas há formas de se sair. Não se põe fogo na fábrica, na escola ou em casa quando se quer escapar, pois há um certo grau preocupação com as pessoas que lá deixamos, há laços que nos obriga um 'fair play' até na hora de chutar o balde. Em Cantruguês eu não percebo tais laços - é o que eu queria dizer.
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Re: O preço do progresso.

Postby Trapaças » Wed May 08, 2013 6:54 am

Poderá haver relação com não termos quase ninguém no forum.
De acordo com a página das estatisticas somos 76, mas cá so estamos 4 ou 5 e eu normalmente só apareço para dizer parvoices :P.
Os novos talvez estejam desconfiados, talvez estejam a ler os tópicos mais antigos primeiro(por um lado acho que é bom mas também acho que se perde um pouco de tempo a ler threads que já morreram anos atrás) ou talvez precisemos de um fórum mais atrativo.
I dunno

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